Em meio a becos escuros e florestas místicas, os seres fantásticos estão presentes de diversas formas em nossa cultura. A fantasia, o sobrenatural, o imponderável, sempre estiveram à espreita na nossa literatura, sobretudo nas obras de Machado de Assis, que utilizou elementos fantásticos em muitos dos seus contos e romances; em Jorge Amado, que se notabilizou por recriar o sincretismo religioso brasileiro de forma ficcional, poética , e que era comunista, religioso – seus romances contribuiram decisivamente para a popularização do candomblé. A produção atual brasileira, no entanto, não busca inspiração na literatura para construir seus roteiros, e sim na realidade das ruas, nos conflitos políticos, além de buscar referências diretas nos próprios movimentos locais de cinema e em comentários a obras que os antecederam, e que surgem de forma paródica em alguns momentos. É um cinema frequentemente regional, que não é produzido apenas no eixo Rio-São Paulo.
A coleção Phantástiko deve ganhar mais títulos até 2025, abordando temáticas como a produção feminista, queer, séries e games.
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